Era uma vez um pião
Era uma vez um pião,
Sempre a rolar, a rolar,
Das mãozitas do João
Para o chão do patamar.
Sempre a rolar, a rolar,
Das mãozitas do João
Para o chão do patamar.
Com as mãozitas de mestre
E olhar envaidecido,
Ajeitava bem a corda
Com dois metros de comprido.
E olhar envaidecido,
Ajeitava bem a corda
Com dois metros de comprido.
E como se divertia,
Sem pontinha de cansaço,
Quando a todos exibia
A façanha no terraço!
Sem pontinha de cansaço,
Quando a todos exibia
A façanha no terraço!
Mas certo dia o pião,
Rolou, rolou, sem parar,
Para longe do João
E do chão do patamar…
Rolou, rolou, sem parar,
Para longe do João
E do chão do patamar…
O pequeno embaraçado,
Aos tropeções na baraça,
Ainda o viu a cair
No aqueduto da praça.
Aos tropeções na baraça,
Ainda o viu a cair
No aqueduto da praça.
E chorou (pobre João!)
Num pranto nobre e profundo
De quem perde num pião
As voltas do próprio mundo!
Num pranto nobre e profundo
De quem perde num pião
As voltas do próprio mundo!
Fonte: PARAFITA, A – A Mala Vazia, Lisboa, Plátano Editora, 2ª ed. 2010
Autor da fotografia: Eduardo Teixeira Pinto
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